terça-feira, 15 de novembro de 2005

"Sou errada
Sou errante
Sempre na estrada
Sempre distante."



Hoje eu quero buscar lá no fundo e trazer de volta tudo o que vive e mora no meu coração. Buscar meus valores, meus sentidos, minha alma e alcançar o meu EU mais verdadeiro.
Anjos de porcelana, uma família quase perfeita e um caderninho de poesias.
Uma alma imperfeita, um ser errante.
Conquista diária, olhos verdes ou azuis e estados de espírito que vem e vão. Sou eu...
Uma menina, adulta e mulher que sente. Uma quase eu...
Um emaranhado de lembranças, sonhos e idéias tropeçam dentro de mim. E concluo que não sou daqui, não sou desse mundo e ele não vai ditar as regras pra eu jogar. Eu vou agir com a minha intuição e o meu coração vai falar mais alto. Quero as minhas verdades todas pelo avesso, na contra mão. Quero me ver no diferente, no novo, no anormal. Me encontrar no mundo que inventei, baseado nas minhas regras e no meu dramatismo. Eu vim pra amar.
Vim para sentir. E quando sinto, sinto muito. Sinto ao extremo, e não paro, não freio. Vou até não dar mais. Vou até alcançar o infinito (ou não). Não me peça pra parar. Não tente me deter (porque eu não vou te ouvir).
Sou autêntica. A minha verdade é pra agora.
Tenho meu próprio jeito de ser. Sem banho-maria. Sem lero-lero. Sem amor pelas metades. Sem verdades mal-ditas. Sem olhares mentirosos.
Sentir é o verbo da vez. E quando eu amo, não tem "já vou, tô indo, calma, daqui a pouco". Porque quando eu amo, é pro hoje, pro agora. Sei que sou do exagero, que sou do mais, que sou a mais, que sou a outra numa sociedade de gente que não sente direito. Gente que não vive, não respira. Gente que não pensa, que não sonha, que vive para o capitalismo. E eu não sou mais um. Não sou menos um. Sou eu.
O meu viver não é brincar. E a minha história não é feita de Jane, de Chita, de Maria vai com as outras e nem de pessoas insensíveis.
Eu estou rodeada de pessoas. Pessoas que chegam, que saem e que tem tanta pressa que se esquecem de marcar a vida dos outros. Mas mesmo com esse montão de gente eu me sinto uma pessoa solitária. Não que eu não abra portas pras pessoas entrarem pra minha vida. Tanto é, que elas entram. Mas não como eu queria. Porque sou diferente. Sou diferente desse mundão todo. Poucas pessoas me vêem. Poucas me aceitam. Poucas me entendem. Não consigo achar afinidade nem sintonia no básico dos básicos, no que entendo como o mais belo das relações. A transparência, o gostar de graça, só porque faz bem! Acho que nasci no tempo errado ou com a essência errada.


("Vou errando enquanto o tempo me deixar...")

(...)
Escrevo pra espantar a solidão
(...)



ps: Obrigada a quem me enxerga de verdade e me ama incondicionalmente (poucos).