domingo, 1 de março de 2009

QUALQUER COISA QUE SE SINTA

O que eu quero é o estalo dos dedos. É o morder da maçã. É o beijo roubado. É o encontro não marcado. É o choque. É a felicidade, é a tristeza, é a raiva, é o amor e é o que mais vier e se apresentar como sentimento. Eu quero é o sonho que ninguém nunca sonhou. Mas que mesmo assim virou realidade. O pensar é longo. Demorado. Introspectivo. Devagar. O sentir é furioso. Agudo. Desesperado. Inesperado. Eu quero a surpresa, e não mais o mistério. Chega de investidas investigadas. Chega de procurar o que eu não conheço e temer. Eu quero o encontro. A descoberta. A vida.

Mil idéias ao mesmo tempo. Um turbilhão de emoções que vêm à tona de repente e me deixam frente a frente comigo mesma numa descoberta explosiva do eu que eu mesma desconhecia. Quero quebrar um espelho agora, e ter sete anos de sorte. Tem jeito? Não me interessa o ouro que se esconde atrás do arco-íris. Quero justamente o pote que guarda esse ouro. Tem explicação? Quero entrar em uma espécie de êxtase profundo. Quero até o oriente. Quero norte e sul. Quero você, que eu não conheço. Que talvez não exista. Que eu não sei onde mora. Que eu não sei se fala português. Mas que fala a mesma língua do meu coração. Quero você, que vai me fazer intensa na dor e na alegria. Que vai me fazer gritar, cantar, sorrir, chorar, sentir e, finalmente SER. Que vai filosofar comigo por noites e dias sem se cansar. Quero você, que vai me fazer sentir a liberdade que eu tanto procuro, mesmo quando eu estiver nos seus braços.

Risca em pedra e palavra o meu nome.
Rabisca em corpo e alma o meu amor.