A vida de Alice havia realmente mudado muito. O mês de março se foi e levou consigo muitas coisas. Já não se via tão presa a Henrique. Depois de um longo ano, depois de sobreviver sozinha a todas as estações, depois de chorar uma ausência que nunca foi presença, ela decidiu retornar ao mundo de maravilhas do qual dispunha e voltar a ser feliz assim, como sempre fora. Depois de procurar em conhecidos o encanto de um desconhecido e, fatalmente, não encontrar, ela decidiu que haveria de encontrar em si mesma aquilo que, insistentemente, faltava. Quem sabe ela mesma não fosse a peça perdida?
Decidiu, acima de tudo, que cantaria. E, assim como fizera com todas as outras decisões que já havia tomado na vida, determinou que perseguiria o sonho até o fim. O pote de ouro sempre esteve atrás do arco-íris mas, naquele momento, por alguma razão totalmente desconhecida, ele brilhava mais do que nunca. E, atraída pelo brilho, ela percorria todos os caminhos multicoloridos do arco-íris enquanto aproveitava todos os carinhos do mundo.
A música invadiu a vida dela e ocupou os espaços vazios. Não sobravam mais faltas e nem faltavam sobras. Estava tudo em seu lugar. Mas as canções, inexplicavelmente, ainda eram para Henrique.
Decidiu, acima de tudo, que cantaria. E, assim como fizera com todas as outras decisões que já havia tomado na vida, determinou que perseguiria o sonho até o fim. O pote de ouro sempre esteve atrás do arco-íris mas, naquele momento, por alguma razão totalmente desconhecida, ele brilhava mais do que nunca. E, atraída pelo brilho, ela percorria todos os caminhos multicoloridos do arco-íris enquanto aproveitava todos os carinhos do mundo.
A música invadiu a vida dela e ocupou os espaços vazios. Não sobravam mais faltas e nem faltavam sobras. Estava tudo em seu lugar. Mas as canções, inexplicavelmente, ainda eram para Henrique.
ps: Esse texto é parte de um dos capítulos de uma história. Parte da minha história. É que, escrevendo, eu sempre pude ser o que bem quis. Escrevendo eu me permito. E, nessa permissão, decidi inventar uma Alice e um Henrique. Decidi inventar um amor. Só pra me distrair. Mas é que, por acreditar demais nas próprias fantasias, Alice, Henrique e o amor têm ganhado vida dentro de mim. Depois de inventados, eles não mais me deixam em paz. Devo toda a inspiração e motivação à vocês, que leem minhas linhas e fazem o mais difícil: leem minhas entrelinhas. Se será um livro? Não sei. Mas eu me comprometo a buscar incansavelmente o pote de ouro que se esconde no final do arco-íris, porque, assim como Alice, eu persigo meus sonhos. E, assim como eu sempre digo, não tenho asas, mas tenho coragem suficiente pra voar.
ps²: Só pra constar: entre mim e Alice, qualquer semelhança é mera coincidência.
ps²: Só pra constar: entre mim e Alice, qualquer semelhança é mera coincidência.