quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

PLÁGIO

Te leio ao pé da página
Seu verso decassílabo me sorri
Me transformo em papel em branco
E torço pra que me escreva

Se te falta inspiração, inspiro e te inspiro
Te seduzo e te peço pra não desistir
Só o seu soneto me faz feliz

A poesia vira ar e argumenta comigo...

Se a prosa anda curta e apressada
Prolongo as horas e reinvento o futuro
Não levante agora, o amor virá na hora não marcada
E nós... Temos todo o tempo do mundo

Se a folha te parece tão mais sutil quando está em branco
Coloco na sua mochila um pouco mais de amor
Descubra onde se esconde a falta que eu sei que te faço

Porque todos os versos agora amam...

Se as palavras finais te parecem tristes demais
Te mostro que existe borracha
E apago tudo sem rasgar o papel
E continuo desejando a nossa história

Permito que construa assim o nosso conto
E me transformo na sua própria literatura
Pra te lembrar que os sonetos ainda podem ter final feliz

A letra é o céu, é o seu...

Permito que construa assim o nosso canto
Estrofe por estrofe, com ou sem rima
Nossa canção é, por si, ritmada
Nossa página tem a minha entonação

Antes de você assinar, cometo um crime
Te copio por mera vontade de também amar
Finjo ser você por pura vaidade de poeta

Você é o amor...